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Introdução de Espécies Invasoras

De acordo com a Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica (CDB, 1992) uma espécie é caracterizada como espécie introduzida (exótica) quando “situada em um local diferente do de sua distribuição natural por causa de introdução mediada por ações humanas, de forma voluntária ou involuntária.” No decorrer do seu crescimento, se essa espécie introduzida cresça sua área de distribuição nesse novo habitat e não haja mais controle sobre a mesma, se tornando uma ameaça para as espécies originárias daquele ambiente, podemos dizer então que essa espécie é uma espécie exótica invasora.

Quando falamos sobre espécies invasoras, nós podemos citar duas formas de introdução dessas espécies, a voluntária e a involuntária. Na introdução voluntária, como o próprio nome já diz, ocorre a introdução de um determinado indivíduo de forma proposital, por diversos motivos, tais como, para embelezar praças e jardins, para uso na agricultura e na criação de animais, como alternativa de renda e subsistência para populações de baixa renda, para controle biológico de pragas e por outras razões. Já na introdução involuntária, a introdução ocorre de forma acidental, como por exemplo, as pragas agrícolas.

No planalto de Vitória da Conquista podemos citar a ocorrência de uma espécie de caracol invasora, o caracol-gigante-africano (Achatina fulica) que no Brasil, foi introduzida com um objetivo econômico na década de 1980, mas não alcançou esse objetivo e foi abandonado no meio ambiente se tornando uma espécie invasora.

Um trabalho realizado na Avenida Olívia Flores observou a falta de planejamento para o plantio das árvores, visto que não foram inseridas árvores frutíferas para servir de fonte de alimento para a avifauna da região, e as espécies nativas foram preteridas pelas espécies exóticas, visto que o percentual destas chega aos 90%. Uma baixa riqueza de espécies, especialmente as nativas, acaba diminuindo a quantidade de nichos ecológicos, ocasionando uma menor biodiversidade de outros vegetais e animais.

Nesse sentido, a maioria dos trabalhos, sugerem a substituição das espécies exóticas já existentes, por espécies nativas, mesmo que estas ainda estejam em sua fase juvenil, em detrimento das exóticas já em fase adulta, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio ecológico original, trazendo de volta as espécies regionais tanto vegetais quanto animais.

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