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O Avanço de Doenças Infecciosas

 

 

Os problemas ambientais em si, são modificações não planejadas ao meio ambiente, que consequentemente afetam os seres que ali vivem. A relação entre saúde humana e ambiente é percebida desde o princípio da civilização humana, no século XIX devido a revolução industrial, as cidades cresciam e as condições de vida se desgastavam, referente aos acúmulos de dejetos que resultavam no surgimento de novas enfermidades dentre as populações. A disseminação de doenças é um problema grave, que causa grandes danos à saúde mundial, essa problemática está associada a uma série de fatores, desde estes simples, como o cuidado com a higiene pessoal, até questões mais complexas que englobam ações governamentais.

 

Sabe-se que a perda da biodiversidade também é um meio pela qual as doenças são disseminadas e inseridas na população, já que o desmatamento de áreas ambientais e a caça ilegal de animais silvestres por exemplo, fazem com que doenças infecciosas que antes se restringiam a aquela espécie acabe se instalando nos humanos. A teoria da nidalidade de Pavlovsky, em 1939, foi um importante passo para entender esse pensamento, ela afirma que os patógenos vistos como recentes, eram primeiramente da natureza, agentes de determinadas doenças se expressaram em ambientes naturais (biocenoses) oferecendo as condições necessárias para transmissão. O homem quando se envolve nesse ambiente, pode fazer parte da movimentação do agente, sendo assim seu portador.

 

Para exemplificar melhor, no final de 2013 até junho de 2016 o vírus da Ebola assustou o mundo quando quase 11.000 pessoas vieram a óbito na África Ocidental, essa doença foi inserida a partir da inalação do vírus presente em morcegos que estavam vivendo próximo a sociedade. Esse cenário pode ser claramente correlacionado com uma desordem no ecossistema da região, uma vez que normalmente animais silvestres, como os morcegos, não habitam áreas civilizadas. Demonstrando que um dos reflexos da degradação do meio ambiente pode levar a circunstâncias catastróficas. 

 

Um Centro de Zoonoses trata-se de um órgão responsável pelo controle de doenças transmitidas por animais (zoonoses), por meio do controle de pragas urbanas (como baratas, ratos e mosquitos) e pelo controle das populações de animais domésticos nos municípios. É imprescindível um órgão desse, pois evita a ocorrência de doenças que são transmitidas de animais para humanos, ou de humanos para os animais na população. Quanto a transmissão ela pode ocorrer de forma direta, principalmente através do contato com saliva, sangue, urina, fezes, arranhaduras ou mordeduras. Em 2018, foi implementado um Centro de Zoonoses no município de Vitória da Conquista, com o objetivo de fazer esse controle, visto que na cidade existem muitos animais abandonados que possibilita a proliferação de doenças na população.

 

No município de Poções existe a Lei n° 854, que visa a implementação de um centro para atender os animais de rua, mas até o momento nada foi concretizado. De acordo o Dr. Diego Alves, médico veterinário, as zoonoses mais comuns de animais de rua do município são a raiva, sarna, verminoses e leishmaniose. A vigilância epidemiológica municipal já registrou muitos casos de Raiva na população.  Contudo isso,  muitas pessoas no município vem se mobilizando através da atividade voluntária, e formaram a Associação Amigos dos Bichos (AAB), fazendo um trabalho semelhante à de um Centro de Zoonoses, pois resgatam animais de rua feridos e dão assistência médica. Por falta de recursos financeiros e a ausência de um centro definitivo, muitas vezes os animais resgatados retornam as ruas. Antes da pandemia do covid-19, a  AAB cotidianamente promovia eventos na cidade para arrecadar fundos e promover a doação dos animais resgatados.

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Fonte : Associação Amigos dos Bichos via Facebook
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